O câncer de pulmão pode ser curado, sobretudo quando identificado nas fases iniciais, segundo especialistas em oncologia torácica. A rapidez no diagnóstico permite iniciar terapias que variam conforme o tipo de tumor, tamanho, presença de metástase e condições gerais do paciente.
Cirurgia continua sendo o principal recurso
Nos casos passíveis de intervenção, cirurgiões torácicos indicam:
- Lobectomia – retirada de um lobo inteiro do pulmão, abordagem mais comum mesmo para tumores pequenos;
- Pneumectomia – remoção de todo o pulmão quando o câncer é volumoso e central;
- Segmentectomia – extração de parte do lobo, opção para tumores reduzidos ou pacientes fragilizados;
- Ressecção em cunha – procedimento menos frequente para nódulos pequenos ou metástases.
As cirurgias podem ser abertas (toracotomia) ou videoassistidas, inclusive com auxílio de robôs. A alta hospitalar costuma ocorrer após sete dias, e a recuperação completa leva de seis a doze semanas.
Quimioterapia destrói células cancerígenas
Aplicada por via intravenosa, injeções ou comprimidos, a quimioterapia utiliza fármacos como cisplatina, carboplatina, paclitaxel, docetaxel, pemetrexede e outros. O tratamento é dividido em ciclos de três a quatro semanas, com duração média de quatro meses após a cirurgia, podendo se estender por anos em tumores avançados. Entre os efeitos colaterais mais relatados estão queda de cabelo, náusea, diarreia, alterações sanguíneas e fadiga.
Imunoterapia estimula o sistema de defesa
Medicamentos como atezolizumabe, durvalumabe, nivolumabe e pembrolizumabe bloqueiam proteínas que protegem o tumor, permitindo que o organismo ataque as células malignas. Os principais efeitos adversos envolvem cansaço, falta de ar e diarreia.
Radioterapia emprega radiação direcionada
Feixes externos destroem o tumor, podendo ser usados antes da cirurgia para reduzir o volume ou depois, para eliminar células remanescentes. Existe a modalidade estereotáxica, também chamada radiocirurgia, que substitui a operação em determinados pacientes. Cansaço, dor para engolir e inflamação pulmonar estão entre os sintomas temporários.
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Terapia-alvo ataca mutações específicas
Exames no material da biópsia ou em sangue (biópsia líquida) identificam alterações genéticas responsivas a comprimidos ou medicações intravenosas que inibem o crescimento tumoral.
Procedimentos minimamente invasivos
Terapia a laser: indicada para tumores pequenos, utiliza um broncoscópio introduzido pela boca; o procedimento dura cerca de 30 minutos sob sedação.
Ablação por radiofrequência: recomendada em estágio inicial quando não há cirurgia; agulhas guiadas por tomografia aquecem e destroem o nódulo em aproximadamente 30 minutos.
Apesar do avanço das terapias, oncologistas alertam que a maioria dos diagnósticos ainda ocorre em estágios avançados, reduzindo as chances de cura. Por isso, exames de detecção precoce e atenção a sintomas como tosse persistente, rouquidão, falta de ar e perda de peso sem causa aparente permanecem fundamentais.
Com informações de Tua Saúde

