A lesão medular ocorre quando a medula espinhal – estrutura que liga o cérebro ao restante do corpo – sofre danos capazes de comprometer movimentos, sensibilidade e funções vitais abaixo do ponto atingido. Segundo atualização publicada em 30 de setembro de 2025, os prejuízos podem ser temporários ou permanentes, a depender da gravidade e da localização do trauma.
Principais sintomas
Os sinais variam conforme o nível e a extensão da lesão, podendo incluir:
- Perda de movimento ou paralisia;
- Fraqueza muscular;
- Músculos rígidos ou flácidos;
- Alteração de coordenação e equilíbrio;
- Espasmos e reflexos exagerados;
- Alteração ou perda de sensibilidade a calor, frio e toque;
- Dormência ou formigamento;
- Dor intensa ou pressão em pescoço, cabeça ou costas;
- Perda do controle da bexiga ou do intestino;
- Dificuldade para respirar.
Como se faz o diagnóstico
O primeiro atendimento é clínico, com avaliação de movimentos, sensações, reflexos e respiração. Neurologistas ou neurocirurgiões solicitam exames de imagem, como raios-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética, para identificar fraturas, compressões ou deslocamentos vertebrais. Testes elétricos, como eletroneuromiografia e condução nervosa, ajudam a localizar o ponto exato da lesão.
Tipos de lesão medular
Os quadros são classificados em:
- Incompleta: parte da comunicação entre cérebro e corpo permanece;
- Completa: interrupção total dos sinais nervosos abaixo do dano;
- Cervical: atinge pescoço e pode levar à tetraplegia;
- Torácica: compromete tronco e membros inferiores, causando paraplegia;
- Lombar: afeta abdômen inferior, costas e pernas, podendo gerar paraplegia parcial ou total;
- Sacral: interfere em coxas, pés e região genital, também associada à paraplegia.
Há cura?
A medula espinhal não se regenera como outros nervos, e atualmente não existe cura para o dano completo. Em lesões incompletas, porém, pode ocorrer recuperação parcial, sobretudo nos seis primeiros meses após o trauma.
Causas mais frequentes
Impactos abruptos que fraturam ou comprimem as vértebras lideram as estatísticas, incluindo acidentes de trânsito, quedas, ferimentos por armas de fogo ou objetos cortantes e mergulhos em águas rasas. Doenças progressivas – artrite, câncer de coluna, osteoporose, infecções, hérnias de disco, isquemia, além de condições autoimunes e genéticas como esclerose múltipla e mielite transversa – também podem provocar lesão medular.
Opções de tratamento
O atendimento de urgência envolve:
Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
- Imobilização: colar cervical e tábua rígida previnem movimentos que agravam o quadro;
- Cirurgia: remove fragmentos ósseos ou objetos, aliviar pressão e estabilizar a coluna;
- Medicamentos: corticosteroides para reduzir inflamação, analgésicos e relaxantes musculares.
Terapias em estudo incluem neuroproteção, uso de células-tronco e técnicas de neuroplasticidade.
Fase de reabilitação
Após o período agudo, equipes multiprofissionais conduzem fisioterapia para fortalecer músculos e prevenir espasticidade, terapia ocupacional para treinar atividades diárias e suporte psicológico para adaptação emocional. Tecnologias assistivas, como cadeiras de rodas adaptadas e órteses, ampliam a independência.
Não existe prazo único para recuperação; cada caso depende do tipo de lesão, da precocidade do atendimento e da adesão ao programa de reabilitação.
Com informações de Tua Saúde

