O paracetamol segue indicado como primeira escolha para o alívio de dor e febre durante a gestação, desde que prescrito pelo obstetra e administrado na menor dose eficaz pelo menor tempo possível. A orientação consta de nota da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de publicações científicas recentes.
Segundo as recomendações, a dose habitual em comprimidos varia de 500 mg a 750 mg por tomada. Embora seja classificado como medicamento de baixo risco, o uso indiscriminado não é recomendado.
Associação com transtornos no desenvolvimento
Pesquisas observacionais sugerem possível ligação entre a exposição ao paracetamol no útero e maior incidência de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Esses estudos, porém, ainda não confirmam causalidade. A Anvisa informa que não existem registros que associem o medicamento ao desenvolvimento de autismo em crianças.
Comparação com a dipirona
Durante a gravidez, a dipirona não é indicada rotineiramente por apresentar potenciais riscos, principalmente no final da gestação. Caso seja necessária, a decisão deve partir exclusivamente do médico responsável.
Alternativas naturais
Para quadros leves, técnicas não farmacológicas podem ajudar. Um exemplo é o chá de gengibre preparado com 1 g da raiz fresca em 200 mL de água fervente, consumido por até quatro dias consecutivos. O gengibre possui propriedades analgésicas e anti-inflamatórias e, quando usado nas quantidades recomendadas, não interfere na gestação.
Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Especialistas reforçam que qualquer medicamento, mesmo os considerados seguros, deve ser utilizado sob acompanhamento profissional.
Com informações de Tua Saúde

