O puerpério, também chamado de período pós-natal, tem início logo após a expulsão da placenta e se estende até que o organismo feminino retorne ao estado de não gravidez. O intervalo costuma variar entre 45 e 60 dias, podendo prolongar-se conforme a amamentação.
Sintomas mais comuns
Durante essa fase, a mulher enfrenta alterações hormonais, físicas e emocionais que podem provocar:
- Cansaço decorrente do trabalho de parto e da nova rotina.
- Sensação de tristeza (baby blues), geralmente entre o 2º e o 14º dia após o parto.
- Sangramento vaginal (lóquio) vermelho nos primeiros quatro dias, depois amarelado ou marrom até o 9º dia e esbranquiçado entre 10 dias e seis semanas.
- Desconforto na região íntima, sobretudo em partos com episiotomia.
- Cólicas causadas pela contração do útero, que diminuem em cerca de 20 dias.
- Mamas endurecidas pela produção de leite.
- Barriga inchada e flácida, com possível diástase abdominal.
- Prisão de ventre ou excesso de gases.
- Incontinência urinária, mais frequente após parto normal.
- Retorno da menstruação, que ocorre em torno de seis meses quando há amamentação exclusiva ou em até dois meses se não houver aleitamento.
Cuidados recomendados
Entre as orientações médicas estão dividir tarefas com familiares, repousar sempre que possível, usar absorventes externos de alta absorção, manter higiene íntima adequada e optar por exercícios autorizados pelo obstetra, como compressas mornas para cólicas e técnicas de Kegel contra incontinência. O uso de cinta abdominal e de exercícios específicos ajuda na recuperação do abdômen.
Fases do puerpério
- Puerpério imediato: primeiras 2 horas após o parto.
- Puerpério precoce ou mediato: da 2ª hora até o 10º dia.
- Puerpério tardio: do 11º dia até cerca de seis semanas, quando a menstruação costuma retornar.
- Puerpério remoto: da 6ª semana até o 12º mês.
Nas primeiras 6 a 12 horas, a mulher é monitorada em razão do risco de hemorragia ou eclampsia pós-parto.
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Quando procurar assistência médica
É recomendado buscar o obstetra ou um pronto-socorro se houver sangramento intenso, eliminação de coágulos, corrimento com odor forte, febre acima de 38 °C, dor nas pernas com inchaço, secreção na cicatriz da cesárea ou episiotomia, falta de ar, dor de cabeça súbita, dor no peito ou edema em uma perna. Uma consulta de rotina deve ocorrer entre a 6ª e a 8ª semana após o parto para avaliar a cicatrização uterina.
Com informações de Tua Saúde
