A retomada do ciclo menstrual depois do parto costuma ocorrer entre 6 e 8 semanas ou, em alguns casos, até 6 meses após o nascimento do bebê. O intervalo varia principalmente de acordo com o tipo de alimentação oferecida à criança, segundo orientação de especialistas em obstetrícia.
Quando o sangramento é considerado menstruação
Nos primeiros 2 ou 3 dias após o parto e até cerca da terceira semana, é comum surgir o chamado lóquio — secreção composta por sangue, muco e restos de tecido uterino. Esse sangramento não é contado como menstruação.
Influência da amamentação
Mulheres que praticam amamentação exclusiva tendem a ter a menstruação mais tarde, porque a sucção do bebê eleva os níveis de prolactina, hormônio que inibe a ovulação. Essa fase, conhecida como amenorreia lactacional, geralmente se estende até o sexto mês.
Quando a alimentação passa a mesclar peito e fórmula, ou quando o bebê recebe somente leite artificial, a produção de prolactina diminui. Nesses casos, o primeiro ciclo pode aparecer de 3 a 4 meses depois do parto. Mulheres que oferecem apenas fórmula costumam menstruar até o terceiro mês.
Possibilidade de menstruar enquanto amamenta
Embora a tendência seja retardar o retorno do ciclo, a menstruação pode surgir mesmo durante a amamentação exclusiva, já que a resposta hormonal varia de pessoa para pessoa.
Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Alterações comuns no ciclo pós-parto
- Fluxo mais intenso ou com coágulos: o volume pode diferir do padrão anterior à gravidez. Caso os coágulos sejam abundantes ou o sangramento dure mais de sete dias, é indicado procurar o obstetra.
- Irregularidade: oscilações de quantidade e frequência são esperadas nos primeiros dois ou três ciclos. Persistindo além desse período, recomenda-se avaliação médica.
- Duração: o sangramento costuma permanecer até sete dias, mas pode ser mais curto em algumas mulheres.
Prevenção de nova gravidez
Como a primeira ovulação é imprevisível, especialistas aconselham iniciar um método contraceptivo mesmo durante a amamentação exclusiva. Entre as opções mais adotadas estão:
- Pílulas contendo apenas progesterona, iniciadas entre 21 e 28 dias após o parto;
- Injeção trimestral de medroxiprogesterona (Depo-Provera), a partir da sexta semana pós-parto;
- DIU hormonal (Mirena) inserido até 48 horas depois do parto ou conforme indicação médica;
- Implante subdérmico de progesterona (Implanon) em qualquer momento do pós-parto.
A escolha do método deve levar em conta o padrão de amamentação e possíveis alterações hormonais, sempre sob orientação do obstetra.
Com informações de Tua Saúde

