Mineral boro: conheça usos, fontes e recomendações de consumo

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O boro é um mineral não considerado essencial, mas apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “provavelmente essencial” para o organismo humano. Pesquisas indicam participação no metabolismo de cálcio, vitamina D e hormônios sexuais, além de influência sobre ossos, função cerebral, reprodução e processos inflamatórios.

Fontes naturais

O nutriente está presente em frutas frescas ou desidratadas, oleaginosas, leguminosas, legumes e bebidas fermentadas como vinho, cidra e cerveja.

Principais funções relatadas

Estudos sugerem que o boro pode:

  • atuar no metabolismo de cálcio;
  • auxiliar na utilização de vitamina D e hormônios sexuais;
  • contribuir para a formação e manutenção dos ossos;
  • manter funções cognitivas, reprodutivas e de desenvolvimento;
  • apresentar efeito anti-inflamatório;
  • reduzir risco de alguns tipos de câncer.

Alimentos com maiores teores

Entre os itens mais ricos em boro destacam-se:

  • 1 xícara de suco de ameixa – 1,43 mg;
  • 1/2 xícara de abacate – 1,07 mg;
  • 42,52 g de uva-passa – 0,95 mg;
  • 1 pêssego médio – 0,80 mg;
  • 1 xícara de suco de uva – 0,76 mg;
  • 1 maçã média – 0,66 mg;
  • 28,34 g de amendoim torrado e salgado – 0,48 mg.

Suco de maçã, manteiga de amendoim, outras oleaginosas, feijões e vegetais verdes também fornecem o mineral.

Limite diário recomendado

Não há ingestão mínima estabelecida. Para evitar efeitos adversos, os valores máximos são:

  • 1 a 3 anos: 3 mg/dia;
  • 4 a 8 anos: 6 mg/dia;
  • 9 a 13 anos: 11 mg/dia;
  • 14 a 18 anos: 17 mg/dia;
  • 19 anos ou mais: 20 mg/dia.

Suplementação

O boro é vendido em farmácias e lojas especializadas em formas como borato de sódio, boro quelado, citrato de boro ou frutoborato de cálcio, isolado ou combinado a outros nutrientes. A dose usual parte de 3 mg/dia, sempre sob orientação de médico ou nutricionista. Evidências científicas sobre benefícios da suplementação ainda são limitadas.

No formato quelado, o mineral é ligado a aminoácidos para facilitar a absorção.

Riscos do consumo excessivo

Ingestão muito alta, especialmente por produtos químicos contendo ácido bórico ou bórax, pode provocar náuseas, vômitos, diarreia, erupções cutâneas, convulsões, depressão e colapso vascular. Outros sintomas possíveis incluem dor de cabeça, hipotermia, cansaço, danos renais, dermatite, perda de cabelo e indigestão. Doses extremas são potencialmente fatais. Em bebês, o excesso pode levar a anemia, convulsões e queda de cabelo.

Possíveis efeitos da deficiência

Não há sintomas definidos, mas estudos apontam que baixa ingestão pode reduzir estado de alerta, prejudicar funções executivas do cérebro, aumentar a excreção urinária de cálcio e magnésio e diminuir os níveis de estrogênio em mulheres pós-menopausa. Valores inferiores a 0,25 mg por 2.000 kcal podem ainda reduzir cálcio sérico e 25-hidroxivitamina D, elevar calcitonina e osteocalcina e, consequentemente, afetar a densidade óssea.

Não há consenso sobre a essencialidade do boro, mas especialistas recomendam atenção às fontes alimentares e cautela com suplementos.

Com informações de Tua Saúde

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