Os suplementos alimentares — também chamados de suplementos nutricionais — são produtos comercializados em cápsulas, comprimidos, pós, líquidos, géis ou gomas, destinados a complementar a alimentação. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses itens podem conter vitaminas, minerais, proteínas, aminoácidos, extratos vegetais ou enzimas, mas não podem ser vendidos com alegações de prevenção, tratamento ou cura de doenças.
Principais finalidades
Entre as indicações mais comuns estão a correção de deficiências nutricionais, auxílio ao emagrecimento, ganho de massa muscular ou de peso. O uso deve ser feito apenas como complemento de uma dieta equilibrada, sem substituir refeições.
Quem pode utilizar
Atletas, idosos, gestantes, lactantes, pessoas submetidas a dietas restritivas, portadores de doenças inflamatórias intestinais ou pacientes pós-cirurgia bariátrica podem receber indicação de suplementação quando a alimentação não supre todas as necessidades nutricionais.
Principais categorias
Infantil – Pode ser prescrita para prevenir carências, como a de ferro em bebês de 3 a 24 meses, ou para crianças com prematuridade, deficiências nutricionais, diarreia, raquitismo ou osteomalácia. Exemplos: ferro, vitamina D, vitamina A e zinco.
Para idosos – Destinada a quem apresenta redução de apetite ou absorção de nutrientes. Exemplos: vitamina D, cálcio e vitamina B12, presentes em marcas como Sustagen, Natus Gerin e Centrum.
Para emagrecer – Reúne compostos termogênicos ou que prolongam a saciedade; deve ser associada a dieta hipocalórica e exercício físico. Exemplos: whey protein, cafeína, picolinato de cromo, feniletilamina e faseolamina.
Para ganho de massa muscular – Apoia recuperação e formação de fibras quando combinado a treino regular. Exemplos: creatina, whey protein, caseína e maltodextrina.
Para engordar – Fórmulas hipercalóricas indicadas a pessoas com metabolismo acelerado, desnutrição ou doenças como câncer e HIV. Exemplos: whey protein, maltodextrina, vitaminas B12 e B1, além de zinco.
Natural – Produzido a partir de extratos vegetais que podem auxiliar no relaxamento, energia, controle do apetite ou trânsito intestinal. Exemplos: curcumina, alho, ginseng, gengibre, spirulina e berberina.

Imagem: Internet
Formas de uso
A dose varia conforme o produto, idade e objetivo. Em déficit de vitamina B1, podem ser indicados 1 a 2 comprimidos de 300 mg por dia; para ganho de massa muscular, 20 g a 40 g diários de whey protein. A orientação de médico, nutricionista ou outro profissional de saúde é imprescindível.
Efeitos colaterais e contraindicações
O consumo sem supervisão ou em excesso pode causar cãibras, cálculos renais, diarreia, prisão de ventre, fadiga, gases, dores abdominais, náuseas, cefaleia, vômitos, hemorragias e alterações neurológicas. Gestantes, lactantes, idosos, fumantes, crianças e pessoas que fazem uso contínuo de medicamentos devem recorrer a suplementação somente com prescrição profissional, devido a diferenças nas doses e possíveis interações.
Substituição de refeições
A Anvisa não autoriza alegação de que suplementos substituem ou superam os alimentos. Refeições completas fornecem fibras, macronutrientes, vitaminas, minerais e fitoquímicos, além de promoverem saciedade. Em situações especiais — como pós-cirurgia, ausência de apetite ou dificuldade de mastigação — o uso temporário como substituto pode ser liberado por profissionais de saúde.
Diferença para anabolizantes
Anabolizantes são hormônios sintéticos baseados em testosterona, utilizados sob prescrição médica para osteoporose, alguns tipos de anemia e hipogonadismo. Embora estimulem crescimento de fibras musculares, o emprego para fins estéticos ou de performance não é aprovado pelo Conselho Federal de Medicina. Já os suplementos alimentares contêm nutrientes, aminoácidos ou extratos vegetais e servem para complementar a dieta em casos de deficiência nutricional ou para apoiar objetivos como ganho de massa ou melhora do trânsito intestinal.
Profissionais de saúde reforçam que a escolha do produto, a dose e a duração do uso devem ser individualizadas, sempre considerando necessidades específicas e possíveis restrições.
Com informações de Tua Saúde