Feniletilamina: substância presente em alimentos é proibida como suplemento pela Anvisa

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A feniletilamina, também chamada de beta feniletilamina, é um neuromodulador que estimula a liberação de dopamina, noradrenalina e serotonina no sistema nervoso central, elevando foco, disposição e sensação de bem-estar.

Onde é encontrada

A substância é produzida pelo próprio organismo e aparece naturalmente em alimentos como chocolate, queijos, carnes fermentadas, vinho tinto e produtos de soja.

Situação regulatória

No Brasil, a versão sintética em cápsulas não tem indicação terapêutica oficial e está proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso é permitido apenas em pesquisas realizadas por instituições autorizadas.

Possíveis finalidades

Embora sejam atribuídos efeitos como melhora do humor, aumento de energia, apoio à motivação, auxílio em quadros de depressão leve e contribuição para perda de peso, não existem estudos clínicos que comprovem a eficácia da suplementação.

Como age no organismo

A feniletilamina promove rápida liberação de neurotransmissores ligados ao prazer e à atenção, mas seus efeitos duram pouco porque a substância é metabolizada rapidamente.

Efeitos colaterais relatados

O consumo da forma sintética pode provocar confusão, agitação, agressividade, psicose aguda, ansiedade, dor de cabeça, ataques de pânico, tremores, convulsões e perda de consciência. Também há registros de taquicardia, hipertensão, palpitações, arritmias, insuficiência cardíaca e infarto. Complicações graves incluem falência hepática, pulmonar ou renal, isquemia severa de membros, síndrome serotoninérgica, hipertermia, acidose metabólica e morte súbita.

Quem deve evitar

A suplementação é contraindicada no país. Pessoas com doenças cardiovasculares, crianças, gestantes e lactantes não devem utilizar a substância sem orientação médica. Usuários de antidepressivos inibidores da monoamina oxidase (IMAO) ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) só podem recorrer à feniletilamina sob prescrição especializada.

Não há recomendação oficial de dose ou forma de uso em território nacional devido à proibição em vigor desde a publicação da RDC nº 325, de 3 de dezembro de 2019.

Com informações de Tua Saúde

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