Produtos formulados para conferir sabor doce a alimentos e bebidas, os adoçantes — ou edulcorantes — são usados, entre outros objetivos, para auxiliar o controle da glicemia em pessoas com diabetes. Disponíveis em pó ou líquido, eles podem ser comprados em farmácias, supermercados e lojas de produtos naturais, mas o consumo deve sempre seguir a orientação de médicos ou nutricionistas.
Principais adoçantes e características
Stevia
Origem: planta Stevia rebaudiana
Poder de adoçar: 200 a 400 vezes maior que o açúcar comum
Calorias: praticamente zero
Limite seguro: até 4 mg por quilo de peso ao dia
Xilitol
Origem: alimentos como ameixa, morango e abóbora
Poder de adoçar: 45 a 100 % acima do açúcar
Calorias: cerca de 2,4 kcal por grama
Limite seguro: 60 g diários
Observação: não indicado para portadores de síndrome do intestino irritável.
Sucralose
Origem: composto químico derivado da sacarose de frutas e vegetais
Poder de adoçar: até 600 vezes superior ao açúcar
Calorias: quase zero
Limite seguro: 5 mg por quilo de peso ao dia
Eritritol
Origem: fermentação do milho
Poder de adoçar: 45 a 100 % acima do açúcar
Calorias: 0,2 kcal por grama
Limite seguro: 0,5 mg por quilo de peso ao dia
Observação: não recomendado a pessoas com síndrome do intestino irritável.
Aspartame
Origem: união dos aminoácidos fenilalanina e ácido aspártico
Poder de adoçar: 200 vezes maior que o açúcar
Calorias: 4 kcal por grama
Limite seguro: adultos, 40 mg/kg/dia; crianças e gestantes, 5 mg/kg/dia
Observação: contraindicado para quem tem fenilcetonúria.
Taumatina
Origem: fruta katemfe
Poder de adoçar: 2000 a 3000 vezes maior que o açúcar
Calorias: 4 kcal por grama
Limite seguro: não definido por órgãos reguladores.
Sacarina
Origem: substância química
Poder de adoçar: 200 a 700 vezes superior ao açúcar
Calorias: quase zero
Limite seguro: 15 mg por quilo de peso ao dia
Alulose
Origem: processamento de sacarose e frutose ou síntese a partir da frutose
Calorias: 0,4 kcal por grama
Situação no Brasil: ainda sem autorização de comercialização pela Anvisa.
Segurança e recomendações de consumo
Agências como a Food and Drug Administration (FDA), a European Food Safety Agency (EFSA) e o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO/OMS classificam os adoçantes como seguros quando ingeridos dentro dos limites estabelecidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS), contudo, recomenda uso moderado e incentiva a redução geral do açúcar na dieta.

Imagem: Internet
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que crianças só utilizem adoçantes após os dois anos de idade, e apenas em casos específicos, como diabetes, seguindo prescrição do pediatra.
Dúvidas frequentes
Os adoçantes prejudicam o fígado?
Estudos sugerem que alterações na microbiota intestinal provocadas por alguns adoçantes podem aumentar o risco de inflamação hepática, mas mais pesquisas em humanos são necessárias.
A stevia faz mal?
Quando respeitado o limite diário de 4 mg/kg, o produto é considerado seguro para adultos, gestantes e crianças.
Adoçante contém açúcar?
Em geral, não. Porém, algumas formulações adicionam carboidratos como maltodextrina para dar volume; vale sempre conferir o rótulo.
Sucralose é nociva?
Órgãos reguladores a consideram segura, mas trabalhos recentes investigam possíveis impactos na microbiota intestinal e na glicemia.
Qual o melhor adoçante?
A escolha varia conforme objetivos, paladar e condições de saúde; a orientação profissional é indispensável.
Independentemente da versão escolhida, especialistas reforçam que adoçantes devem ser utilizados com parcimônia, complementando hábitos alimentares que priorizem alimentos in natura.
Com informações de Tua Saúde