A dor abdominal é um dos sintomas mais recorrentes em consultórios e serviços de emergência. De acordo com material atualizado em 19 de setembro de 2025, o incômodo costuma estar relacionado a problemas simples, como má digestão ou prisão de ventre, mas também pode sinalizar condições como gastroenterite, úlcera, infecção urinária ou apendicite.
Quando a dor exige atenção imediata
Segundo especialistas, o desconforto deve ser considerado mais grave quando vem acompanhado de febre, perda de peso, sangue nas fezes ou intensidade elevada. Nesses casos, a orientação é procurar atendimento de emergência. Caso a dor seja persistente ou frequente, a recomendação é agendar consulta com clínico geral ou gastroenterologista.
12 causas mais comuns de dor abdominal
1. Má digestão (dispepsia funcional) – Queimação ou aperto na parte superior do abdome, muitas vezes com náusea e falta de apetite. O tratamento pode incluir omeprazol, ranitidina ou metoclopramida.
2. Prisão de ventre – Dor em pontada ou aperto devido a fezes endurecidas e gases. Aumentar ingestão de água, fibras e atividade física costuma ajudar.
3. Gastroenterite – Infecção viral ou bacteriana que provoca dor, diarreia, náusea, vômito e febre. Hidratação e dieta leve são indicadas; antibióticos podem ser necessários.
4. Infecção urinária – Dor na parte inferior da barriga, queimação ao urinar e sangue na urina. O tratamento envolve antibióticos prescritos por médico.
5. Síndrome do intestino irritável – Dor por mais de três meses, alternando locais, associada a diarreia ou constipação. Medicamentos e ajuste alimentar costumam ser adotados.
6. Intolerância à lactose – Dor entre 30 minutos e duas horas após consumir leite, com gases e diarreia. Evitar laticínios e, em alguns casos, usar enzimas lactase.
7. Pedra na vesícula – Dor abaixo das costelas à direita, cerca de uma hora após refeição gordurosa, podendo durar até cinco horas. Pode ser necessária cirurgia.
8. Hepatite – Desconforto sob as costelas direitas, pele e olhos amarelados, náusea e vômito. O tratamento depende da causa e pode envolver antivirais ou suspensão de medicamentos.
9. Úlcera péptica – Queimação na parte alta do abdome, náusea e perda de peso. Antiácidos e, se houver H. pylori, antibióticos são prescritos.

Imagem: Internet
10. COVID-19 – Dor abdominal acompanhada de diarreia, náusea ou vômito, além de sintomas respiratórios. Analgésicos, antitérmicos e antivirais podem ser utilizados.
11. Apendicite – Dor que começa difusa e migra para o lado inferior direito, com febre, náusea e vômito. A remoção cirúrgica do apêndice costuma ser necessária.
12. Abdome agudo – Dor intensa, barriga inchada, febre e vômito podem indicar obstrução, perfuração ou sangramento interno. Requer avaliação e, muitas vezes, cirurgia de urgência.
Tipos de dor ajudam no diagnóstico
• Queimação – típica de gastrite, úlcera e refluxo.
• Cólica – associada a problemas intestinais, vesícula ou útero.
• Pontada – comum em excesso de gases, apendicite ou inflamação intestinal.
Gravidez
Durante a gestação, o desconforto costuma estar ligado ao crescimento do útero e à constipação. Se houver piora da dor ou sangramento, pode indicar situações graves, como gravidez ectópica ou risco de aborto, exigindo avaliação médica imediata.
Sinais de alerta para ir ao hospital
• Febre acima de 38 °C
• Vômitos persistentes ou com sangue
• Sangramento nas fezes
• Sonolência ou pressão baixa
• Incapacidade de eliminar fezes ou gases
• Perda de peso inexplicada
Em qualquer um desses cenários, a dor abdominal pode indicar doenças potencialmente graves e deve ser avaliada sem demora.
Com informações de Tua Saúde