A ocitocina em versão sintética é indicada para acelerar o trabalho de parto, controlar sangramentos pós-parto e facilitar a descida ou retirada do leite materno. O medicamento, disponível no Brasil em spray nasal (Syntocinon), solução injetável (Oxiton) e formulações manipuladas sublinguais, só deve ser administrado com prescrição e acompanhamento de um obstetra.
Principais indicações
O hormônio é utilizado para:
• induzir o parto em gestações pós-termo, ruptura prematura de membranas ou pré-eclâmpsia;
• estimular contrações quando o útero apresenta inércia;
• auxiliar em abortos incompletos, inevitáveis ou retidos;
• prevenir e tratar hemorragias pós-parto ou mastite em ambiente hospitalar;
• aumentar a produção de leite materno, aliviar ingurgitamento e facilitar a ordenha.
Formas de uso
Spray nasal 40 UI/mL (Syntocinon) – 1 jato (4 UI) na narina, de 2 a 5 minutos antes da mamada ou da bomba de ordenha. O frasco aberto deve permanecer refrigerado e ser descartado após 30 dias.
Solução injetável 5 UI/mL (Oxiton) – 5 UI diluídas em soro eletrolítico, administradas lentamente na veia durante cerca de 5 minutos, sempre em hospital.
Comprimido sublingual manipulado – 10 UI a 100 UI, frequência definida pelo médico. A apresentação ainda não possui registro da Anvisa.

Imagem: Internet
Efeitos colaterais
No spray nasal podem surgir contrações uterinas dolorosas, cefaleia, náusea, dermatite alérgica ou irritação nasal. Na forma injetável, aplicação rápida pode causar hipotensão brusca e taquicardia. Doses altas podem hiperestimular o útero, provocando sofrimento fetal, asfixia, morte do feto, hipertonia ou ruptura uterina.
Quem não deve usar
O spray nasal é contra-indicado para crianças, gestantes (risco de parto prematuro) e pessoas alérgicas ao látex. A versão injetável não deve ser empregada em hipertonia uterina, sofrimento fetal, apresentações fetais anômalas, descolamento prematuro de placenta, prolapso de cordão, placenta prévia, gestações múltiplas, cicatriz de cesárea ou desproporção entre cabeça fetal e pelve materna.
A administração e o tempo de tratamento variam conforme a situação clínica e devem seguir rigorosamente a orientação médica.
Com informações de Tua Saúde