A vacina contra a catapora (varicela) é oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do calendário infantil e também está disponível em clínicas privadas. O imunizante contém o vírus varicela-zoster atenuado, capaz de provocar resposta imune sem causar doença.
Indicações
Rotina: crianças a partir de 12 meses.
Situações de surto: crianças a partir de 9 meses, em duas doses.
População suscetível: crianças, adolescentes e adultos que nunca tiveram catapora. Em adultos, o Ministério da Saúde aplica gratuitamente apenas em indígenas e trabalhadores da saúde; os demais precisam recorrer à rede privada.
Tipos de vacina disponíveis
Varicela monovalente: contém apenas o vírus varicela-zoster atenuado, indicada desde 12 meses.
SCR-V (tetraviral): reúne sarampo, caxumba, rubéola e varicela. Pode ser aplicada dos 9 meses aos 12 anos.
Esquema de doses
Crianças
- 1ª dose: 12 meses;
- 2ª dose: entre 15 e 24 meses, com intervalo mínimo de três meses.
Em surtos, bebês de 9 a 11 meses recebem duas doses com seis semanas de intervalo; o esquema regular deve ser repetido depois dos 12 meses.

Imagem: Internet
Adolescentes
- Até 12 anos: duas doses (varicela ou SCR-V) com intervalo mínimo de três meses;
- A partir de 13 anos: duas doses da vacina monovalente, separadas por 4 a 8 semanas.
Adultos
Duas doses da vacina monovalente, com 4 a 8 semanas de intervalo, para quem nunca teve a doença.
Efeitos colaterais mais comuns
- Febre acima de 39,5 °C (retal) ou 39 °C (oral/axilar);
- Dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção;
- Náuseas, vômitos, irritabilidade e infecções de vias respiratórias superiores;
- Erupção cutânea semelhante à catapora entre o 5º e o 26º dia pós-vacina.
Quem não deve receber
- Alergia a componentes da vacina ou reação anafilática à neomicina;
- Deficiência imunológica primária ou adquirida, além de uso de imunossupressores;
- Leucemias, linfomas, outros cânceres da medula óssea ou sistema linfático;
- Tuberculose ativa não tratada;
- Doença febril com temperatura superior a 38,5 °C;
- Intolerância hereditária à frutose (no caso da SCR-V);
- Gestação;
- Uso regular de ácido acetilsalicílico (AAS); o medicamento deve ser evitado por seis semanas após a aplicação.
Mulheres que recebam a vacina monovalente devem adiar a gravidez por três meses; após a SCR-V, o intervalo recomendado é de um mês.
Com informações de Tua Saúde