Trismo: contração na mandíbula dificulta abertura da boca e pode exigir tratamento médico

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A contração prolongada dos músculos da mandíbula, conhecida como trismo, impede ou limita a abertura da boca e pode causar dor ao falar, comer ou bocejar. O quadro costuma aparecer após extração de siso, infecções dentárias, tratamento de câncer de cabeça e pescoço, tétano ou disfunção temporomandibular, entre outras situações.

Principais sintomas

Além da dificuldade para abrir a boca, o trismo pode provocar:

  • Cãibra na mandíbula;
  • Dor ao movimentar a região, falar ou mastigar;
  • Dor e inchaço nas gengivas;
  • Febre, perda de peso, alterações na voz e contrações involuntárias de mãos e pés, dependendo da causa.

Causas mais comuns

Entre os fatores que levam ao problema, estão:

  1. Disfunção temporomandibular (DTM) – afeta a articulação temporomandibular e músculos da mastigação.
  2. Extração de siso – inflamações pós-cirúrgicas podem provocar trismo temporário.
  3. Infecções dentárias – pericoronarite e abscessos comprometem os músculos mastigatórios.
  4. Radioterapia ou cirurgia para câncer de cabeça e pescoço – podem gerar fibrose ou cicatrizes.
  5. Tétano – bactéria Clostridium tetani causa rigidez muscular.
  6. Artrite reumatoide – inflama articulações e altera o tamanho da mandíbula.
  7. Complicações de anestesia – lesões em nervos, artérias ou músculos durante a aplicação.
  8. Traumas faciais – acidentes, cirurgias ou esportes de contato.

Diagnóstico

Clínico geral ou dentista avaliam sinais, examinam mandíbula e pescoço e podem solicitar tomografia computadorizada ou ressonância magnética para confirmar o trismo.

Tratamento

A abordagem varia conforme a origem do problema e pode incluir:

  • Medicamentos – relaxantes musculares (ex.: diazepam), anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos;
  • Compressas quentes – toalhas úmidas sobre o rosto por 15 a 20 minutos a cada hora;
  • Exercícios de alongamento – abrir, fechar e mover a boca lateralmente por cerca de cinco minutos, a cada três a quatro horas;
  • Fisioterapia – melhora circulação, amplitude de movimento e força muscular;
  • Cirurgia – indicada quando o trismo persiste além de dois a três dias ou em casos extremos, podendo envolver redução da altura da mandíbula ou liberação de tecido fibrosado.

Gravidade e duração

Na maioria das vezes o trismo é temporário, com duração aproximada de duas semanas. Casos prolongados podem provocar fibrose na articulação temporomandibular, dificultando mastigação, fala e higiene oral.

Com informações de Tua Saúde

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