Intertrigo é uma inflamação cutânea provocada pelo atrito entre áreas de pele associada ao acúmulo de umidade. A condição gera coceira, vermelhidão, feridas e facilita a proliferação de fungos e bactérias, segundo especialistas.
Sintomas mais comuns
Entre os sinais relatados pelos pacientes estão:
- Coceira intensa;
- Sensação de queimação;
- Formigamento ou dor localizada;
- Vermelhidão com descamação;
- Feridas com crostas;
- Umidade e secreção clara.
Os quadros aparecem com frequência em regiões de dobras, como axilas, parte inferior das mamas, abdômen, virilhas, espaço entre dedos das mãos e dos pés e face interna das coxas.
Intertrigo candidiásico
Quando o fungo Candida albicans se multiplica na área afetada, o quadro recebe o nome de intertrigo candidiásico. Nessas situações, a coceira se intensifica e surgem pequenas manchas vermelhas com bordas bem definidas. O tratamento costuma incluir pomadas antifúngicas à base de nistatina ou cetoconazol.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e realizado por dermatologista, que avalia sintomas e aspecto das lesões. Em casos de suspeita de infecção, pode ser feita raspagem da pele para análise laboratorial.
Causas e fatores de risco
A fricção contínua entre partes do corpo e a umidade local são os principais desencadeadores. O problema é mais frequente em:

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- Pessoas com obesidade ou diabetes;
- Pacientes acamados ou que usam fraldas;
- Indivíduos com suor excessivo ou incontinência urinária;
- Períodos de clima quente e úmido;
- Uso de roupas apertadas ou calçados fechados de material sintético.
Opções de tratamento
O manejo do intertrigo varia conforme a gravidade:
- Corticoides tópicos (dexametasona ou hidrocortisona) por 5 a 7 dias para reduzir inflamação e prurido;
- Antifúngicos em creme (cetoconazol, nistatina ou miconazol) por 2 a 3 semanas; casos extensos podem exigir fluconazol via oral por até 7 dias;
- Antibióticos tópicos (mupirocina ou bacitracina) quando há infecção bacteriana;
- Antitranspirantes em desodorantes, pós ou pomadas para diminuir umidade.
Cuidados preventivos
Manter a pele seca, evitar ambientes quentes, tomar banho com frequência e secar bem as dobras após atividades físicas ajudam a prevenir recidivas. Também é indicado usar roupas de algodão mais folgadas e calçados abertos que permitam ventilação entre os dedos.
Em caso de suspeita, o recomendado é buscar avaliação dermatológica para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
Com informações de Tua Saúde