Ortopedistas listam 11 medicamentos para tratar a dor da hérnia de disco

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A dor provocada pela hérnia de disco costuma ser controlada com analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, anticonvulsivantes, opioides e, em situações específicas, corticoides injetáveis. A prescrição depende da intensidade dos sintomas, da presença de compressão nervosa e do histórico clínico de cada paciente, segundo orientação de ortopedistas.

Analgesia de primeiro passo

Paracetamol: usado na fase aguda da dor. A dose adulta chega a 1.000 mg a cada seis horas, sem ultrapassar 4 g diários. Uso prolongado pode causar toxicidade hepática, além de náuseas e reações alérgicas.

Dipirona: indicada quando a dor não cede a outras medidas. Recomenda-se 500 mg a 1 g, de seis em seis horas. Entre os efeitos adversos estão coceira, erupções cutâneas, tontura e desconforto gástrico.

Anti-inflamatórios não esteroides

Ibuprofeno: ameniza dor e inchaço. A posologia usual varia de 400 a 600 mg a cada seis ou oito horas, preferencialmente após as refeições. Pode provocar náuseas, dor de estômago e erupções na pele.

Cetoprofeno: reduz inflamação e rigidez. A dose recomendada é de 100 mg duas vezes ao dia, limitada a três comprimidos diários. Má digestão, dor abdominal e sonolência estão entre as reações possíveis.

Diclofenaco: oferece alívio temporário da dor. Em comprimidos, orienta-se de 100 a 150 mg por dia (duas a três tomadas de 50 mg). Na crise aguda, pode ser aplicado 75 mg por via intramuscular. Náusea, dor de cabeça e irritação no local da injeção são efeitos observados.

Relaxantes musculares

Carisoprodol: presente em formulações combinadas, ajuda a diminuir a tensão muscular. Costuma-se prescrever 250 ou 350 mg, três vezes ao dia, por no máximo três semanas. Pode causar dependência, além de tontura e hipotensão.

Ciclobenzaprina: indicada quando há espasmo muscular reflexo. Utiliza-se 5 ou 10 mg, de duas a quatro vezes ao dia, limitados a 60 mg diários e por até três semanas. Sonolência, boca seca e fadiga são reações frequentes.

Analgésico opioide

Tramadol: reservado a dores moderadas ou intensas. A dosagem varia de 50 a 100 mg a cada quatro a oito horas, até 400 mg por dia. Náusea, sudorese excessiva e sonolência podem ocorrer, além de risco de dependência.

Medicamentos para dor neuropática

Gabapentina: indicada quando a hérnia comprime raízes nervosas, gerando queimação ou formigamento. Inicia-se com 300 mg três vezes ao dia; o médico pode aumentar até 3.600 mg diários. Tontura, visão turva e sonolência estão entre os efeitos adversos.

Pregabalina: também age sobre a dor neuropática. Começa-se com 75 mg duas vezes ao dia, podendo chegar a 150 mg duas vezes ao dia, até o limite de 600 mg diários. Pode provocar inchaço, ganho de peso e alterações na libido.

Corticoide injetável

Betametasona: recomendada quando a dor persiste apesar dos demais tratamentos. É aplicada por via intramuscular ou como infiltração local, em volumes de 0,25 a 2 ml (local) ou 1 a 2 ml (glúteo), ajustados conforme idade, peso e resposta clínica. Entre os efeitos possíveis estão aumento da pressão arterial, retenção de líquidos e dor no local da aplicação.

Além dos medicamentos, fisioterapia, exercícios específicos, pomadas analgésicas e estratégias como o uso de ervas anti-inflamatórias podem complementar o tratamento. Em casos que não respondem às terapias conservadoras, a cirurgia é considerada.

Com informações de Tua Saúde

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