Inflamação prolongada do pâncreas: o que é, sintomas, causas e opções de tratamento da pancreatite crônica

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A pancreatite crônica é uma inflamação progressiva do pâncreas que pode se estender por meses ou anos, apresentar períodos de melhora e retorno e provocar alterações permanentes na estrutura e na função do órgão.

Principais sinais e sintomas

Dor abdominal frequente na parte superior do abdômen, com irradiação para as costas, é a queixa mais comum. O desconforto tende a piorar após as refeições. Também podem surgir:

  • abdome inchado e sensível;
  • náuseas e vômitos;
  • diarreia;
  • fezes claras e com excesso de gordura;
  • perda de peso sem explicação;
  • sede intensa, cansaço e sensação de falta de ar.

Com a produção insuficiente de insulina, há risco de aumento da glicemia e desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 1.

Como é feito o diagnóstico

O gastroenterologista realiza exame físico, revisa histórico de saúde e hábitos de vida e solicita hemograma completo e exames de sangue para medir enzimas pancreáticas, além da função renal e hepática. Teste de fezes pode ser pedido para avaliar a quantidade de gordura eliminada.

Para confirmação, podem ser utilizados raio-X, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom endoscópico, que fornecem imagens detalhadas do pâncreas.

Causas mais frequentes

O consumo abusivo de bebidas alcoólicas é o principal fator associado. Outras origens incluem:

  • doenças autoimunes, como lúpus;
  • condições genéticas, entre elas fibrose cística ou pancreatite hereditária;
  • alterações congênitas no ducto pancreático;
  • pedras na vesícula ou no próprio pâncreas;
  • níveis elevados de cálcio ou triglicerídeos no sangue.

A enfermidade é mais comum entre 30 e 40 anos, e o tabagismo potencializa o risco em quem ingere álcool em excesso.

Tratamento

A conduta é definida pelo gastroenterologista e pode envolver:

  1. Medicamentos: analgésicos ou anti-inflamatórios (paracetamol, tramadol) para dor; corticoides em casos autoimunes; insulina quando há diabetes; antidepressivos ou anticonvulsivantes (amitriptilina, pregabalina) para dor crônica.
  2. Enzimas pancreáticas: ajudam na absorção de nutrientes e reduzem diarreia e esteatorreia.
  3. Adaptações na dieta: alimentação pobre em gordura, evitando frituras, bolos e salgadinhos; suspensão de álcool e cigarro.
  4. Terapia endoscópica: remoção de cálculos ou correção de alterações nos ductos pancreáticos; litotripsia pode ser usada quando a pedra é grande.
  5. Bloqueio nervoso: aplicação de corticoides ou analgésicos guiada por endoscopia ou ultrassom para alívio temporário da dor.
  6. Cirurgia: indicada se as demais abordagens falharem, podendo abranger retirada parcial do pâncreas, remoção de cálculos obstrutivos ou correção de estreitamentos nos ductos.

Possíveis complicações

Entre as principais estão diabetes mellitus, formação de cistos pancreáticos, obstrução das vias biliares, ruptura do pâncreas e desnutrição decorrente da má absorção de nutrientes.

O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a evolução da doença, ajustar a terapia e prevenir complicações.

Com informações de Tua Saúde

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