São Paulo – O natalizumabe, vendido com o nome comercial Tysabri, é prescrito para pacientes com esclerose múltipla recorrente-remitente que não responderam a outras terapias ou apresentam evolução rápida da doença. O fármaco integra a classe dos anticorpos monoclonais e é fornecido em solução para infusão intravenosa.
Como o medicamento é administrado
A aplicação acontece exclusivamente em ambiente hospitalar. Cada frasco-ampola deve ser diluído em 100 ml de soro fisiológico a 0,9% e utilizado em até oito horas após o preparo. A dose recomendada é de 300 mg a cada quatro semanas, com infusão lenta que dura cerca de uma hora, sob supervisão médica.
Objetivos do tratamento
O natalizumabe atua na redução das crises e na desaceleração das incapacidades provocadas pela esclerose múltipla, como fraqueza nos membros, dificuldades para andar e problemas de memória.
Cuidados antes e durante o uso
• Exames de sangue e ressonância magnética devem ser realizados periodicamente para monitorar resposta e possíveis complicações.
• A presença do vírus John Cunningham precisa ser investigada antes do início da terapia.
• Vacinas com vírus vivos são contraindicadas enquanto durar o tratamento.
• Interrupções ou trocas de medicação só podem ocorrer sob orientação médica, pois o anticorpo permanece ativo no organismo por várias semanas.
• Após dois anos, riscos e benefícios devem ser reavaliados pelo neurologista.
Efeitos colaterais
Dor de cabeça, fadiga, tontura, náusea, diarreia, desconforto abdominal, dores articulares e erupções cutâneas figuram entre as reações mais registradas. Há ainda relatos de alterações menstruais, ganho ou perda de peso, inchaço em membros e maior suscetibilidade a infecções – como gripe, infecção urinária ou gastrintestinal.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Complicações graves incluem problemas no fígado, anafilaxia nas primeiras horas após a infusão e risco de leucoencefalopatia multifocal progressiva, doença rara que pode afetar memória, visão, equilíbrio e força muscular.
Contraindicações
O medicamento não deve ser empregado em indivíduos com alergia conhecida ao composto, histórico de leucoencefalopatia multifocal progressiva, gravidez, lactação ou risco elevado de infecções, inclusive pacientes oncológicos. É incompatível com outros imunossupressores, betainterferonas, acetato de glatirâmer e demais biológicos que modulam o sistema imunológico.
Com informações de Tua Saúde