Reumatologistas e neurologistas destacam 11 formas de tratamento atualmente recomendadas para conter a progressão da esclerose múltipla e reduzir a intensidade das crises. As estratégias vão de medicamentos intravenosos a programas de fisioterapia, passando por terapias comportamentais.
1. Corticoides para crises agudas
Nos surtos, aplica-se pulsoterapia com metilprednisolona na veia por três a cinco dias. Em seguida, o médico pode prescrever prednisona por via oral pelo mesmo período, a fim de diminuir a inflamação dos nervos.
2. Terapias modificadoras da doença
Medicamentos como interferon beta, fingolimode, acetato de glatirâmer, fumarato de dimetila, teriflunomida, azatioprina, ciclofosfamida, alentuzumabe ou cladribina ajudam a controlar o sistema imunológico. Parte deles é fornecida pelo SUS. Outras opções, como natalizumabe, laquinimod e ocrelizumabe, estão disponíveis apenas na rede privada.
3. Fármacos para sintomas específicos
Relaxantes musculares, analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes e remédios para fadiga, incontinência, disfunção erétil, insônia ou distúrbios intestinais são indicados conforme o quadro de cada paciente.
4. Fisioterapia motora
Exercícios para fortalecer músculos, melhorar equilíbrio e prevenir retrações são recomendados quando surgem fraqueza, espasticidade ou perda de coordenação.
5. Fisioterapia respiratória
Em fases avançadas, técnicas e aparelhos como o flutter auxiliam na eficiência dos músculos respiratórios e na remoção de secreções.
6. Fonoaudiologia
O acompanhamento trabalha fala, deglutição e comunicação, reduzindo riscos de engasgos e melhorando a interação social.
7. Terapia ocupacional
Profissionais orientam o uso de utensílios adaptados, andadores ou cadeiras de rodas para ampliar a autonomia em atividades diárias.

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8. Terapia cognitivo-comportamental
Psicólogos oferecem suporte para lidar com ansiedade, depressão e outras questões emocionais relacionadas à doença.
9. Atividade física supervisionada
Caminhada, pilates, ioga, bicicleta, hidroginástica ou natação, em ambientes frescos e ritmo moderado, ajudam a retardar a evolução da doença.
10. Plasmaférese
O procedimento filtra o sangue para remover anticorpos que atacam o sistema nervoso e costuma ser indicado em crises graves.
11. Transplante autólogo de células-tronco
Em casos resistentes, retira-se células-tronco do próprio paciente, que recebe doses altas de imunossupressores antes da reinfusão. A técnica reinicia o sistema imune, mas não cura a doença e exige centros especializados.
Tratamentos complementares, como dieta balanceada, vitamina D e terapias alternativas, podem ser sugeridos, porém não substituem as recomendações médicas. A esclerose múltipla não tem cura, mas a combinação dessas abordagens auxilia no controle dos sintomas e na qualidade de vida.
Com informações de Tua Saúde