Cerca de 90% das infecções por papilomavírus humano (HPV) desaparecem espontaneamente em até dois anos, desde que o sistema imunológico da pessoa esteja íntegro. Nesse período, o vírus pode ser eliminado sem provocar sinais ou sintomas.
Quando a cura espontânea não ocorre
Nos casos em que o organismo não consegue remover o vírus, o HPV permanece inativo. Esse estado de latência pode durar anos e ser interrompido se houver queda da imunidade, permitindo a reativação do vírus.
Tratamento foca nas lesões, não no vírus
De acordo com ginecologistas e urologistas, os medicamentos disponíveis tratam apenas as lesões, sem acelerar a eliminação do HPV. Mesmo após o desaparecimento das verrugas, o vírus continua no corpo e pode ser transmitido em relações sexuais desprotegidas.
Principais abordagens terapêuticas
- Pomadas com podofilotoxina ou imiquimode;
- Soluções de ácido tricloroacético ou dicloroacético aplicadas em consultório;
- Injeções de interferon para reforçar o sistema imunológico;
- Cauterização ou conização do colo do útero;
- Cirurgia para remoção de verrugas genitais, quando necessário.
Formas de transmissão
O HPV é transmitido por contato direto com pele, mucosa ou lesões da região genital de uma pessoa infectada, principalmente em relações sexuais vaginais, anais ou orais sem preservativo. Como as lesões costumam ficar na parte externa dos órgãos genitais, não é obrigatória a penetração para ocorrer o contágio.
Mulheres grávidas também podem transmitir o vírus ao bebê durante o parto, embora essa forma seja rara.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Prevenção
Para reduzir o risco de infecção, especialistas recomendam:
- Uso de preservativo em todas as relações sexuais;
- Emprego da camisinha feminina, que oferece proteção ampliada da vulva;
- Limitar o número de parceiros sexuais;
- Higiene íntima adequada, sobretudo após o contato sexual;
- Vacina contra HPV, disponível no Sistema Único de Saúde para meninas e meninos de 9 a 19 anos e para pessoas de 9 a 45 anos com imunidade reduzida.
Convivendo com o vírus
Quem contrai HPV pode permanecer com o vírus pelo resto da vida. Mesmo assintomático, o portador deve manter acompanhamento periódico com ginecologista ou urologista, receber orientações sobre tratamento e adotar medidas preventivas para evitar novas ativações e transmissões.
Com informações de Tua Saúde