Guia reúne 11 transtornos mentais mais comuns e suas abordagens de tratamento

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Alterações marcantes na cognição, na regulação emocional e no comportamento caracterizam os transtornos mentais, condições que provocam sofrimento, podem gerar incapacidade e interferem na vida social e profissional. A consulta com um psiquiatra é indicada diante de sinais persistentes. O tratamento costuma combinar psicoterapia e medicamentos, conforme a necessidade de cada pessoa.

1. Transtorno de ansiedade generalizada

O que é: preocupação intensa e difícil de controlar sobre situações rotineiras, acompanhada de inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e problemas de sono.

Como tratar: sessões de psicoterapia; em alguns casos, uso de antidepressivos ou ansiolíticos. Atividades físicas e técnicas de relaxamento, como meditação, mindfulness, dança ou yoga, são recomendadas como suporte.

2. Transtorno bipolar

O que é: oscilações de humor que variam de episódios de depressão a fases de mania (euforia) ou hipomania. Costuma surgir no fim da adolescência ou início da vida adulta e requer acompanhamento contínuo.

Como tratar: estabilizadores de humor, antipsicóticos, antidepressivos e/ou ansiolíticos, além de psicoterapia individual, familiar ou em grupo.

3. Fobia social

O que é: medo e ansiedade intensos em situações sociais, como entrevistas de emprego, palestras ou encontros com desconhecidos. Pode causar suor excessivo, palpitações, tremores, falta de ar, tontura e náuseas.

Como tratar: psicoterapia para controle da ansiedade e treinamento de habilidades sociais. Se necessário, o psiquiatra pode prescrever ansiolíticos ou antidepressivos.

4. Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

O que é: presença de obsessões (pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e indesejados) e compulsões (atos repetitivos executados para aliviar a ansiedade gerada pelas obsessões).

Como tratar: antidepressivos como clomipramina, fluoxetina ou sertralina e terapia cognitivo-comportamental focada em compreender os pensamentos obsessivos e lidar com as compulsões.

5. Transtorno de estresse pós-traumático

O que é: conjunto de sintomas que surge após vivenciar eventos traumáticos, incluindo revivescência, evitação de estímulos, alterações de humor e estado de alerta aumentado.

Como tratar: psicoterapia voltada à elaboração do trauma; em alguns casos, uso de antidepressivos ou ansiolíticos prescritos pelo psiquiatra.

6. Transtorno do espectro autista (TEA)

O que é: condição que abrange autismo infantil precoce, síndrome de Asperger e outras formas de desenvolvimento global atípico, marcada por dificuldades de comunicação, interação social e comportamentos repetitivos ou restritos.

Como tratar: acompanhamento multidisciplinar com pediatra, psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. Terapia ocupacional, fonoaudiologia e medicamentos específicos podem ser indicados conforme os sintomas.

7. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

O que é: quadro de desatenção, hiperatividade e impulsividade, dificultando a concentração e a conclusão de tarefas.

Como tratar: fármacos como metilfenidato ou lisdexanfetamina e psicoterapia voltada ao desenvolvimento de estratégias para lidar com as dificuldades.

8. Depressão

O que é: tristeza persistente e perda de interesse por atividades antes prazerosas, com impacto significativo na rotina, no sono, na alimentação e, em casos graves, no desejo de viver.

Como tratar: psicoterapia e antidepressivos, como sertralina, amitriptilina ou venlafaxina, de acordo com recomendação médica.

9. Esquizofrenia

O que é: alteração de pensamento, emoções e comportamento, possivelmente ligada a fatores genéticos, ambientais e desequilíbrio de neurotransmissores. Sintomas incluem alucinações, delírios, fala desorganizada e mudanças comportamentais.

Como tratar: acompanhamento psiquiátrico contínuo e uso de antipsicóticos como risperidona, quetiapina, clozapina ou olanzapina.

10. Transtornos alimentares

O que é: padrões alimentares severamente alterados, como longos períodos sem comer, uso recorrente de laxantes, ingestão excessiva de alimentos ou indução de vômitos. Podem resultar de fatores socioculturais, conflitos familiares ou experiências traumáticas.

Como tratar: equipe multidisciplinar composta por psiquiatra, psicólogo e nutricionista. Psicoterapia, antidepressivos, ansiolíticos e orientação nutricional fazem parte da abordagem.

11. Síndrome de borderline

O que é: instabilidade emocional, medo de abandono, relacionamentos intensos e comportamentos impulsivos. Há provável predisposição genética e maior ocorrência em pessoas com histórico de maus-tratos na infância ou ambiente familiar com abuso de álcool.

Como tratar: psicoterapia, terapia de mentalização, psicoeducação e, quando indicado, uso de antidepressivos, antipsicóticos ou estabilizadores de humor.

Nos primeiros sinais de qualquer um desses transtornos, especialistas enfatizam a importância de procurar avaliação profissional para diagnóstico e indicação do tratamento mais adequado.

Com informações de Tua Saúde

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