Quatro frentes de ação orientam o tratamento da depressão

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A condução terapêutica da depressão costuma reunir psicoterapia, medicamentos, práticas complementares e técnicas de neuromodulação. O conjunto dessas abordagens, aplicadas de forma individualizada, ajuda a reduzir sintomas, melhorar o humor e recuperar o bem-estar, segundo diretrizes de saúde pública e especialistas.

Psicoterapia abre o protocolo de cuidados

Em boa parte dos casos, o primeiro passo é a psicoterapia. O atendimento com psicólogo emprega técnicas voltadas ao autoconhecimento, à organização de pensamentos e à resolução de conflitos internos. Entre os métodos disponíveis, a terapia cognitivo-comportamental aparece como uma das mais utilizadas.

Antidepressivos entram em quadros moderados ou graves

Quando a intensidade da doença aumenta, o psiquiatra pode prescrever fármacos. Os principais grupos citados pelos especialistas são:

• Tricíclicos (ex.: imipramina, amitriptilina) – podem gerar boca seca, constipação e sonolência.
• Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ex.: fluoxetina, sertralina) – efeitos como náusea, nervosismo e sudorese são descritos.
• Inibidores da recaptação ou ação de serotonina e noradrenalina (ex.: venlafaxina, duloxetina) – tremores, insônia e visão turva figuram entre os possíveis incômodos.
• Inibidores da monoaminoxidase (ex.: selegilina, fenelzina) – podem provocar hipotensão postural e aceleração dos batimentos cardíacos.

Esses fármacos promovem a reposição de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina. O efeito costuma aparecer entre duas e seis semanas, e o tempo total de uso varia de alguns meses a vários anos, conforme resposta clínica.

Terapias complementares reforçam o resultado

Meditação, atividade física regular, acupuntura, reiki e alimentação rica em triptofano e magnésio (banana, aveia, amendoim, leite) são citados como aliados. Exercícios em grupo, música e leitura contribuem para autoestima e convivência social.

Neuromodulação é opção quando as demais medidas falham

Métodos que atuam diretamente no cérebro aparecem como recurso para depressão resistente. A estimulação magnética transcraniana utiliza pulsos magnéticos não invasivos para ativar áreas ligadas ao humor. Há, ainda, estimulação do nervo vago, estimulação cerebral profunda – que exigem implante de eletrodos – e a eletroconvulsoterapia, aplicada em ambiente hospitalar para alívio rápido de sintomas graves.

Duração e cuidados adicionais

Não existe prazo único para a recuperação. Alguns pacientes melhoram em poucos meses; outros necessitam de acompanhamento prolongado. A Organização Mundial da Saúde classifica a condição como tratável, embora a resposta seja individual.

Durante o processo, especialistas recomendam rever a medicação após seis semanas se não houver progresso, manter consultas de seguimento a cada três ou seis meses, buscar apoio ao perceber piora, estabelecer metas pessoais e evitar álcool, tabaco, excesso de redes sociais e privação de sono. Exposição diária ao sol e ambientes bem iluminados também auxiliam na melhora.

Com informações de Tua Saúde

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