Momordica charantia, popularmente conhecida como melão-de-são-caetano, melão amargo ou erva-de-são-caetano, é apontada como aliada no tratamento complementar de problemas de pele, no auxílio ao controle da diabetes tipo 2 e na prevenção da prisão de ventre. Encontrada em feiras e mercados municipais, a planta de sabor marcante pode ser consumida em sucos, refogados, saladas, chás, compressas e cápsulas.
Principais possíveis benefícios
Segundo compilação de estudos citados pelo portal especializado, o melão-de-são-caetano reúne propriedades hipoglicemiantes, antioxidantes, anti-inflamatórias e cicatrizantes. Entre os efeitos relatados estão:
- Controle da glicemia: compostos como charantina, saponinas, peptídeos e polissacarídeos podem estimular a liberação e a sensibilidade da insulina, embora pesquisas de longo prazo ainda sejam necessárias.
- Tratamento tópico de pele: uso em feridas, queimaduras, furúnculos e eczemas devido à ação cicatrizante e anti-inflamatória.
- Função intestinal: alto teor de fibras auxilia no volume e na hidratação das fezes, prevenindo constipação.
- Auxílio ao emagrecimento: efeitos anti-hiperlipidêmicos observados em chás e suplementos indicam possível redução de triglicerídeos, colesterol e inflamação; faltam evidências robustas em humanos.
- Redução de processos inflamatórios: estudos apontam interferência na produção de citocinas como TNF-α e IL-6, beneficiando quadros de hiperuricemia, gota e osteoartrite.
- Ação antioxidante: flavonoides, taninos, carotenoides e compostos fenólicos combatem radicais livres.
Apesar dos relatos, especialistas lembram que a planta não cura doenças; serve apenas como complemento terapêutico.
Formas de uso
Na culinária: pode entrar em sucos, sopas, picles, saladas ou refogados.
Chá: ferver 1 xícara de água, desligar o fogo e adicionar 1 colher (sopa) de folhas. Tampar por 10 min, coar e ingerir de duas a três xícaras diárias por até oito semanas, sob orientação médica. A infusão também pode ser aplicada em compressas sobre lesões cutâneas.
Cápsulas: disponíveis no mercado, porém sem registro de fitoterápico aprovado pela Anvisa. O uso deve ser indicado por profissional de saúde.

Imagem: Internet
Efeitos colaterais
O consumo pode provocar dor abdominal, gases, úlcera gástrica, cefaleia, vômitos, diarreia, palpitações, nefrite e sangramento vaginal. Chá ou cápsulas podem levar à hipoglicemia, gerando tremores, fraqueza, suor frio, visão turva, confusão e sonolência.
Quem deve evitar
A planta é contraindicada para pessoas alérgicas à família Cucurbitaceae, gestantes, lactantes, crianças, portadores de diarreia crônica, hipoglicemia, problemas hepáticos ou deficiência de G6PD. Usuários de insulina ou antidiabéticos orais devem consultar o médico, já que o melão-de-são-caetano pode potencializar a ação desses medicamentos.
Orientação médica ou de profissional habilitado em fitoterapia é recomendada antes de qualquer uso prolongado ou terapêutico da planta.
Com informações de Tua Saúde