Seborreia capilar: sinais, motivos e formas de controle

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A seborreia capilar — popularmente chamada de caspa, dermatite seborreica ou eczema seborreico — é uma inflamação do couro cabeludo que provoca descamação, coceira e aumento da oleosidade. O quadro costuma desaparecer por períodos e reaparecer em fases de maior sensibilidade.

Principais sintomas

• Descamação em forma de escamas brancas ou amareladas;
• Coceira recorrente;
• Oleosidade acima do normal;
• Vermelhidão na região afetada.

Nos casos mais intensos podem surgir feridas e queda de cabelo temporária, especialmente quando a coceira é constante. Estresse, cansaço e mudanças de temperatura costumam agravar o quadro.

Forma infantil

Em bebês, o problema recebe o nome de crosta láctea e se manifesta como escamas ou crostas amareladas, gordurosas, que podem alcançar sobrancelhas, orelhas e dobras de pele. Geralmente não causa dor nem coceira.

Por que acontece

A causa exata ainda não foi completamente estabelecida, mas fatores ligados ao surgimento incluem:

• Proliferação excessiva do fungo Malassezia;
• Aumento da atividade das glândulas sebáceas;
• Predisposição genética;
• Doenças neurológicas, como Parkinson ou lesões cerebrais;
• Baixa imunidade, a exemplo de pessoas com HIV;
• Uso de medicamentos como imunossupressores, lítio ou antagonistas da dopamina.
Alterações cutâneas como psoríase e rosácea também podem favorecer o aparecimento da seborreia.

Como o diagnóstico é feito

Médicos dermatologistas ou pediatras identificam a condição por meio de avaliação clínica do couro cabeludo. Quando há suspeita de infecção fúngica, pode ser solicitado exame micológico, que analisa raspagem da pele em busca do fungo Malassezia.

Opções de tratamento

O tratamento varia conforme a intensidade dos sintomas:

Medicamentos tópicos: loções com tacrolimo ou pimecrolimo ajudam a controlar a inflamação; pomadas corticosteroides (valerato de betametasona, clobetasol, fluocinolona) reduzem coceira e vermelhidão.
Antifúngicos orais: itraconazol ou fluconazol podem ser indicados em casos graves.
Fototerapia: sessões de luz ultravioleta auxiliam no controle da doença.

Uso de shampoos

Produtos anticaspa que contêm cetoconazol, zinco, ácido salicílico ou alcatrão são recomendados para quadros leves. Formulações antifúngicas ou com esteroides podem ser prescritas para situações moderadas ou severas; o tempo de ação do shampoo no couro cabeludo deve seguir orientação médica.

Medidas caseiras

Substâncias como vinagre de maçã, óleo de melaleuca, bicarbonato de sódio ou gel de babosa ajudam a controlar oleosidade e a população de fungos. Após o tratamento, hidratantes leves — por exemplo, óleo de coco — auxiliam na recuperação do couro cabeludo.

Cuidados diários e prevenção de recaídas

• Lavar o couro cabeludo com frequência;
• Evitar pomadas e géis oleosos;
• Secar bem os fios após a lavagem;
• Não prender o cabelo molhado;
• Preferir banhos mornos ou frios;
• Reduzir estresse, tabagismo e consumo excessivo de álcool.
Essas medidas diminuem a oleosidade e ajudam a evitar novos surtos.

A seborreia capilar não tem cura definitiva, mas o controle adequado alivia os sintomas e melhora a qualidade de vida das pessoas afetadas.

Com informações de Tua Saúde

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