A hepatite C é uma inflamação do fígado provocada pelo vírus HCV. Na maior parte dos casos, a infecção evolui sem sinais aparentes, mas pode desencadear, com o passar do tempo, cansaço extremo, dor abdominal e coloração amarelada da pele e dos olhos, evidenciando comprometimento hepático.
Principais sintomas
Quando se manifestam, os sintomas mais relatados incluem:
- Dor abdominal, muscular ou articular;
- Náuseas e vômitos;
- Urina escura e fezes claras;
- Icterícia (pele e olhos amarelados);
- Cansaço excessivo;
- Inchaço abdominal;
- Perda de apetite;
- Febre baixa.
Esses sinais podem surgir até 45 dias após o contato com o vírus. Diante de qualquer suspeita, a recomendação é procurar um clínico geral ou hepatologista.
Como ocorre a transmissão
O HCV circula, sobretudo, pelo contato com sangue contaminado. As principais vias de contágio são:
- Compartilhamento de seringas e agulhas para uso de drogas injetáveis, tatuagens ou piercings;
- Relações sexuais sem preservativo, com troca de sangue, sêmen ou secreções vaginais;
- Uso coletivo de objetos de higiene pessoal, como lâminas de barbear, escovas de dente ou instrumentos de manicure;
- Transfusões de sangue realizadas antes de 1993, período anterior à testagem sistemática para o vírus;
- Transmissão da mãe para o bebê durante o parto, situação considerada rara.
Medidas preventivas, como uso de preservativos e materiais descartáveis, reduzem significativamente o risco de infecção.
Diagnóstico
O diagnóstico começa com avaliação clínica e exames de sangue capazes de detectar a presença do HCV e definir o tipo de hepatite. Para medir a extensão do dano hepático, médicos costumam solicitar ultrassom abdominal e dosagem de enzimas como TGO e TGP. Esses indicadores ajudam a estimar a chance de complicações, entre elas cirrose e câncer de fígado.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
Tratamento
A terapêutica é conduzida por hepatologistas, clínicos gerais ou infectologistas e baseia-se em antivirais como Interferon, Daklinza e Sofosbuvir, normalmente administrados por cerca de seis meses. Caso o vírus persista, o quadro pode evoluir para hepatite C crônica, estreitamente relacionada à cirrose e ao câncer hepático, exigindo alternativas como transplante de fígado.
Manter alimentação equilibrada auxilia na proteção do fígado e na prevenção de complicações durante o tratamento.
Com informações de Tua Saúde