Sentir vontade de morrer nem sempre significa desejo real de tirar a própria vida, mas costuma refletir algum grau de sofrimento psicológico ou físico e exige atenção imediata. Especialistas alertam que, sem apoio adequado, o quadro pode evoluir para isolamento, tristeza intensa e até tentativa de suicídio.
Principais motivos identificados
Profissionais de saúde listam cinco situações frequentes associadas ao pensamento de morte:
1. Sofrimento decorrente de experiências traumáticas
Bullying, preconceito, abusos ou a perda de um familiar podem gerar sensação de desamparo e levar à ideia de que o sofrimento não terá fim.
2. Sentimento de inutilidade ou rejeição
Quando a pessoa não se sente necessária, útil ou desejada, podem surgir pensamentos negativos, incluindo a crença de que sua ausência seria melhor para todos.
3. Sobrecarga emocional ou física
Excesso de trabalho, doenças crônicas ou o cuidado de alguém gravemente enfermo podem provocar exaustão mental e física. Nesses casos, o burnout é um dos quadros possíveis.
4. Efeito colateral de medicamentos
Alguns antidepressivos e antipsicóticos podem desencadear ideias suicidas em parte dos pacientes, exigindo avaliação do médico que prescreveu o tratamento.

Imagem: médicos e profissiais de saúde de di
5. Transtornos mentais não diagnosticados ou sem tratamento
Condições como depressão, transtorno bipolar ou estresse pós-traumático podem manifestar-se com vontade de morrer, além de choro frequente, ansiedade e mudanças de humor.
Como agir diante do pensamento de morte
Especialistas recomendam buscar imediatamente uma pessoa de confiança ou um profissional de saúde para conversar. Quando a sensação é recorrente, a orientação é consultar um psiquiatra para avaliação e, se necessário, iniciar psicoterapia e uso de medicamentos adequados.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio 24 horas pelo telefone 188, gratuitamente, em todo o Brasil.
Com informações de Tua Saúde