Sangramento fora do ciclo e dor pélvica: principais sinais de alerta para câncer de colo do útero

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O câncer de colo do útero – também chamado de câncer cervical – é provocado, na maior parte dos casos, pela infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Quando diagnosticado logo no início, o tumor pode ser tratado com altas taxas de cura. Por isso, especialistas recomendam consultas ginecológicas regulares e a realização de exames como papanicolau e colposcopia.

Oito sintomas mais comuns

Embora o tumor costume ser silencioso nas fases iniciais, alguns sinais tendem a aparecer quando a doença avança:

• Sangramento vaginal fora do período menstrual;

• Sangramento após a relação sexual;

• Corrimento escuro ou com odor forte;

• Dor abdominal ou pélvica, que pode se intensificar ao urinar ou evacuar;

• Desconforto durante o ato sexual;

• Sensação de peso na parte inferior da barriga;

• Necessidade de urinar com maior frequência, inclusive à noite;

• Perda de peso rápida sem causa aparente.

Fadiga intensa, inchaço nas pernas e perdas involuntárias de urina ou fezes também podem surgir.

Como é confirmado o diagnóstico

O ginecologista inicia a avaliação com exame de toque e inspeção do colo uterino, além de investigar histórico pessoal e familiar. Em seguida, podem ser solicitados:

Papanicolau: detecta alterações celulares.

Colposcopia: permite observar o colo do útero em detalhe.

Biópsia: retira pequeno fragmento de tecido para análise laboratorial quando há suspeita de lesão.

Rastreamento recomendado

O Ministério da Saúde indica a triagem para mulheres de 25 a 64 anos a cada três ou cinco anos, caso não haja diagnóstico prévio de HPV. O rastreio é feito com o papanicolau e, em algumas situações, com o teste molecular DNA-HPV, que identifica o vírus.

Estágios do tumor

Estágio 1: tumor restrito ao útero;

Estágio 2: atinge região dentro e fora do útero, sem invadir parede pélvica nem terço inferior da vagina;

Estágio 3: alcança parede pélvica, parte inferior da vagina ou compromete os rins;

Estágio 4: invade bexiga, reto ou ultrapassa a pelve.

Tratamentos disponíveis

O protocolo terapêutico varia conforme estágio, tamanho do tumor, presença de metástase, idade e estado geral da paciente. Entre as opções estão:

Conização: retirada em forma de cone de parte do colo uterino, indicada para lesões iniciais.

Histerectomia: remoção total ou radical do útero e estruturas próximas.

Radioterapia e quimioterapia: aplicadas antes, durante ou depois de cirurgias para eliminar células cancerígenas.

Traquelectomia: preserva o corpo do útero, permitindo gestações futuras em casos selecionados.

Exenteração pélvica: cirurgia extensa usada quando o câncer reaparece e afeta órgãos vizinhos.

Fatores de risco

Além da infecção por HPV, aumentam as chances de adoecer:

• Início precoce da vida sexual;

• Múltiplos parceiros;

• Tabagismo;

• Uso prolongado de anticoncepcionais orais;

• Idade acima de 45 anos;

• Gravidez antes dos 17 anos ou múltiplas gestações;

• Outras infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia.

Prevenção

A vacinação contra HPV, disponível na rede pública e privada, é a principal forma de prevenção. O uso de preservativos em todas as relações sexuais e visitas periódicas ao ginecologista completam as medidas de proteção.

Com informações de Tua Saúde

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