Do exame clínico à análise de DNA, pelo menos 11 procedimentos podem confirmar a presença do papilomavírus humano (HPV), vírus transmitido principalmente por contato sexual e associado ao aparecimento de verrugas e ao aumento do risco de câncer de colo do útero, pênis, boca, faringe e ânus.
Triagem inicial
Avaliação clínica – Ginecologistas, urologistas, dentistas ou estomatologistas costumam ser o primeiro contato para observar a existência de lesões ou verrugas nas regiões genital, anal ou oral.
Exames em mulheres
Papanicolau – Coleta células do colo do útero para verificar alterações provocadas pelo HPV e outras infecções.
Colposcopia – Utiliza um colposcópio para ampliar a imagem do colo do útero, vagina e vulva, permitindo localizar lesões não visíveis a olho nu.
Exames em homens
Peniscopia – Feita no consultório urológico após aplicação de ácido acético; detecta verrugas microscópicas no pênis, saco escrotal ou região perianal.
Exame anal
Anuscopia – Realizada por proctologista para investigar alterações na mucosa do ânus, comum quando há suspeita de lesões causadas pelo vírus.
Confirmação histológica
Biópsia – Amostra retirada durante colposcopia, peniscopia, anuscopia ou exame bucal possibilita análise laboratorial detalhada, fundamental para descartar ou confirmar câncer.
Pesquisa de anticorpos
Sorologia – Procura anticorpos contra o HPV; ajuda a indicar infecção ativa ou resposta à vacina, embora tenha sensibilidade reduzida.

Imagem: Internet
Testes moleculares
Captura híbrida – Detecta 13 genótipos de alto risco e 5 de baixo risco, além da carga viral, a partir de amostras do colo uterino, vagina, pênis, região anal ou oral.
RT-PCR – Identifica e quantifica o DNA viral mesmo em cargas baixas, apontando exatamente o subtipo do HPV.
Hibridização in situ – Localiza sequências específicas de DNA ou RNA do vírus dentro do tecido, indicando se o subtipo é de alto ou baixo risco e relacionando-o às lesões encontradas.
Coleta domiciliar
Autocoleta para HPV – A mulher utiliza uma escova cervical em casa para enviar material ao laboratório. O teste depende de prescrição médica e não substitui o papanicolau nem a colposcopia.
O resultado de qualquer desses exames deve ser interpretado pelo profissional de saúde. O laudo é considerado positivo quando o vírus é encontrado, independentemente de sintomas, e negativo quando não há infecção detectável. Nos casos positivos, a definição do subtipo auxilia na escolha do tratamento mais adequado.
Com informações de Tua Saúde